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Ministério da Saúde está encaminhando a SC, medicamentos e anestésicos

O Ministério da Saúde anunciou o envio de medicamentos anestésicos para intubação para Santa Catarina e outros estados com estoques próximos do colapso. De acordo com a SES (Secretaria de Estado da Saúde), a remessa deverá ter uma duração de 15 a 20 dias, mas para a AHESC (Associação dos Hospitais do Estado de Santa Catarina), “é uma quantidade pequena”.

O anúncio do Ministério da Saúde veio quatro horas após o diretor executivo da AHESC, Adriano Ribeiro, alertar para a situação crítica dos estoques dos hospitais em Santa Catarina em audiência pública.

“Estamos alertando para essa situação desde o mês de março. Chegamos ao nível mais crítico”, enfatizou.

O desabastecimento de medicamentos utilizados em pacientes de Covid-19, como sedativos e anestésicos, é um dos assuntos da reunião que a AHESC tem nesta quarta-feira (5), às 15h, com o secretário de Estado de Saúde, André Motta.

“Vamos pedir transparência da Secretaria de Estado de Saúde com a sociedade e queremos resguardar os hospitais de referência regional”, explica Ribeiro, que tem encontrado dificuldade em dialogar com a SES sobre as ações de enfrentamento.

Santa Catarina foi beneficiada com uma articulação entre Ministério da Saúde e as secretarias estadual e municipal de Saúde do Rio de Janeiro, em uma das cinco ações realizadas pelo órgão federal para adquirir, com urgência, os medicamentos para intubação.

“É uma quantidade muito pequena”, analisou Ribeiro, que aguarda uma análise conjunta com diretores de hospitais para fazer uma previsão de duração dos medicamentos enviados.

Ribeiro salienta que os pacientes de Covid-19 são diferentes dos pacientes convencionais que necessitam de intubação.“Duas ampolas são insuficientes. O paciente de Covid-19 demanda o uso de muitas ampolas”, compara.

Para o diretor-executivo da AHESC, o governo do Estado também precisa agir de forma efetiva com aquisições de medicamentos, e deixar de responsabilizar os hospitais da rede privada, que, segundo ele, respondem por 90% dos leitos de UTI para pacientes de Covid-19.

“Você vê uma ação do Ministério da Saúde, mas não do governo do Estado. É responsabilidade do governo do Estado também”, argumenta.

Uma saída pode ser a busca por medicamentos que estão estocados em hospitais de outros Estados. “Estamos em contato com a Federação dos hospitais para buscar esses medicamentos onde a pandemia arrefeceu”, completa Ribeiro.

Ainda, de acordo com o Ministério da Saúde, uma compra negociada pela OPAS (Organização Pan-Americana de Saúde), braço da OMS (Organização Mundial da Saúde) nas Américas,  também está em andamento, assim como um processo de pregão via SRP (Sistema de Registro de Preços), que teve a adesão de Santa Catarina. O pregão está em andamento e se encontra na fase de negociação de preço.  Com isso, todos os estados e municípios terão prioridade para realizarem seus contratos e planejarem seus cronogramas de acordo com a necessidade e capacidade de armazenagem das medicações.

Medicamentos enviados pelo Ministério da Saúde para SC:

  • 200 frascos de Cetamina 50 ml
  • 5 mil ampolas Atracúrio 10 ml
  • 5 mil ampolas Rocurônio 10 ml
  • 10 mil ampolas de Morfina 10 ml
  • 10 mil ampolas de Midazolam 5ml
  • 50 mil Cisatracúrio 2 mg/ml

Fonte: Ministério da Saúde

Créditos: ND Mais

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