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Homem que desviou dinheiro arrecadado para o filho que tem doença rara, é preso

O homem suspeito de usar dinheiro arrecadado para tratamento do filho doente chegou a Belo Horizonte na noite desta segunda-feira (22). Ele foi preso em um hotel em Salvador, após a Polícia Civil receber informações de que ele teria viajado a passeio com o valor que seria para cuidar da criança. O crime chocou a cidade de Conselheiro Lafaete, a cerca de 100 km de Belo Horizonte.

De acordo com a Polícia Civil, Mateus Henrique Leroy Alves, 37 anos, fez campanha nas redes sociais para arrecadar doações para comprar remédios para o filho, que tem Atrofia Muscular Espinhal (AME), uma doença degenerativa rara.

Policiais Civis da cidade chegaram a fazer uma corrida de rua, em junho, também para arrecadar dinheiro com objetivo de ajudar a família. Foram mais de 500 inscritos. A polícia não informou o valor, mas disse que parte foi usada pelo suspeito.

Um áudio que circula nas redes sociais mostra a angústia de uma mulher que teria ajudado na campanha. “Eu estou acabada. Como um ser humano pode fazer isso? Não estou conseguindo acreditar. Muito difícil. Muito difícil. Como é que vou dar esta notícia pros outros? Tanta gente que entrou na campanha através de mim”, disse.

Segundo as investigações, dos cerca de R$ 1 milhão e 17 mil arrecadados, ele teria gasto mais de R$ 600 mil. Em um único dia, chegou a sacar R$ 100 mil em espécie.

Segundo o delegado que investiga o caso, Daniel Gomes, a mãe da criança teria procurado a polícia por desconfiar da atitude do marido, que vinha se afastando da família aos poucos e, que, desde o início do mês, sumiu e não deu mais notícias. Ela e o suspeito mantinham quatro contas bancárias para o recebimento das doações, sendo cada um responsável por duas delas.

Ainda de acordo com o delegado, Mateus teria descoberto as senhas das contas administrada pela esposa e teria efetuado vários saques vultuosos e transferências. As operações eram realizadas para contas em nome do suspeito e em nome de outras pessoas, que a Polícia Civil ainda está investigando qual a relação delas com o suspeito.

Mateus foi preso num hotel de luxo, de frente para a praia, com custo mensal de R$ 2 mil. Segundo o delegado, ele teria feito o pagamento de dois meses com antecedência. Dentro do quarto, a polícia encontrou relógios, joias, objetos de luxo, uma porção de maconha e R$ 3 mil em espécie.

Em entrevista à reportagem da TV Globo, ele disse que estaria sendo extorquido e que parte do dinheiro foi repassada a criminosos. Mateus contou que estava com medo e, por isso, fugiu, sem chamar a polícia.

O suspeito, que ainda não tinha passagem, pode responder por estelionato e abandono material, por ter deixado a esposa e os dois filhos sem notícias. A Polícia Civil também investiga se houve crime de lavagem de dinheiro.

Créditos: Globo.com

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