Desde o dia 1º de abril, a colheita e comercialização do pinhão estão liberadas por lei. A estimativa da safra de 2024 promete ser 30% maior do que a do ano anterior. As informações são do Portal NSC Total.
“O levantamento que fizemos junto aos produtores rurais nos 18 municípios da Amures nos mostra que a previsão de colheita neste ano é de 5.734 toneladas, sendo que em 2023 foi de 4.411 toneladas”, explica o engenheiro agrônomo e gerente regional da Epagri em Lages, José Márcio Lehmann.
José explica que a Epagri e a Embrapa desenvolvem estudos para que se possa entender as variações de produção e produtividade do pinhão a cada nova safra, e que essa alternância na produção esteja ligada a fatores climáticos.
“Um exemplo, para termos como parâmetro de entendimento em relação às últimas três safras: a de 2022 foi a de maior produção, com 7.979 toneladas, isso equivale a 8 milhões de quilos de pinhão. Considerando que uma pinha leva cerca de 32 meses para estar madura, acreditamos que as condições do clima de três anos interferem na quantidade e na qualidade das sementes”, explica José Márcio.
O agrônomo ainda ressalta que o pinhão é muito importante para os agricultores da Serra Catarinense. Das 16 mil famílias de produtores rurais da região, pelo menos 30% delas têm no pinhão um dos produtos que compõem a renda anual da propriedade.
“Espera-se que o valor médio de R$ 6 reais o quilo, recebido pelo produtor rural, compense a atual safra, que não é de grande produção. O pinhão é essencial para a composição da renda de cerca de 5 mil famílias da região”, ressaltou o gerente da Epagri.
Para este ano, o preço do pinhão ao consumidor final está em torno de R$ 10 a R$ 12 reais o quilo, na Serra Catarinense.