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    Rádio Fraiburgo 95.1

PIB de Santa Catarina cresce 6,9% em 12 meses e lidera ranking nacional

CAMPANHA JULHO AMARELO
Reprodução/Marco Favero/Arquivo/SECOM

Santa Catarina apresentou um crescimento de 6,9% no Produto Interno Bruto (PIB) nos 12 meses encerrados em março deste ano, segundo estimativas divulgadas pela Secretaria de Estado do Planejamento (Seplan). O resultado representa uma aceleração frente aos 5,4% registrados até dezembro de 2024 e posiciona o estado como líder no ranking nacional de crescimento econômico. A média nacional para o mesmo período foi de 3,5%.

As estimativas foram elaboradas com base em mais de 28 indicadores da economia estadual e nacional e servem como uma prévia do desempenho nacional, uma vez que os dados oficiais do PIB estadual são divulgados com até dois anos de defasagem.

De acordo com o governador Jorginho Mello, o desempenho de Santa Catarina reflete a força da economia local e a atuação do governo. “A economia de Santa Catarina é forte e dinâmica. E o Governo do Estado tem feito o seu papel, sem aumentar impostos e oferecendo incentivos pra atrair mais empresas e segurança para a expansão das que já estão aqui”, afirmou.

O secretário de Estado do Planejamento, Fabricio Oliveira, atribui o crescimento às políticas públicas implementadas pela atual gestão. “As ações e programas do Governo tornam o nosso estado mais dinâmico economicamente e mais resiliente, mesmo diante das adversidades no cenário nacional e internacional”, destacou.

Fatores estruturais e desempenho setorial

O economista Paulo Zoldan, da Diretoria de Políticas Públicas da Seplan, aponta que o crescimento catarinense é sustentado por uma base econômica sólida, com indústria diversificada, setor de serviços avançado e fatores como segurança pública e qualidade de vida, que atraem investimentos.

O Boletim de Indicadores Econômicos-Fiscais de junho, divulgado nesta quarta-feira (18), mostra que Santa Catarina tem a menor taxa de desemprego do país (3%) – frente à média nacional de 7%. Nos quatro primeiros meses de 2025, o estado gerou 74.671 empregos formais, com destaque para a indústria de transformação e os serviços.

O setor externo também apresentou bom desempenho. As exportações cresceram 3,7% nos últimos 12 meses encerrados em abril, somando US$ 11,9 bilhões. Mesmo com retrações nas vendas para China e Estados Unidos, o estado registrou em 2024 o segundo maior valor da série histórica iniciada em 2010.

Indústria, serviços e agropecuária impulsionam crescimento

A indústria catarinense teve um crescimento expressivo de 8% no acumulado de 12 meses até março, com destaque para a indústria de transformação (+9,4%). Os segmentos com maior avanço foram máquinas e equipamentos, aparelhos elétricos, têxteis, vestuário, produtos alimentícios, bebidas e embalagens. A retomada da construção civil e da indústria automobilística também contribuiu, impulsionando os setores de autopeças, minerais não metálicos e metalurgia.

O setor de serviços cresceu 6%, com destaque para transportes (+9%), alojamento e alimentação (+8,2%), serviços prestados à família (+8%) e comércio (+7,7%).

Na agropecuária, a agricultura cresceu 17,8%, com destaque para soja, milho, arroz, feijão, fumo e cebola. Segundo análises do CEPA/EPAGRI, a recuperação se deve a condições climáticas favoráveis, aumento da área cultivada e produtividade. Já a pecuária teve alta de 2,2%, com crescimento na produção de frangos.

O boletim, elaborado por Paulo Zoldan, traz ainda uma análise do cenário econômico internacional e brasileiro, reforçando que o bom momento da economia catarinense é resultado da combinação entre políticas públicas eficientes e um ambiente favorável ao empreendedorismo.

Com informações ASCOM Seplan