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    Rádio Fraiburgo 95.1

Inflação desacelera em abril, mas alimentos e saúde pressionam IPCA-15

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Reprodução/Valter Campanato/Agência Brasil

A prévia da inflação oficial brasileira, medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo 15 (IPCA-15), registrou alta de 0,43% em abril, segundo dados divulgados nesta sexta-feira (25) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Apesar de representar uma desaceleração frente a março, quando o índice ficou em 0,64%, a variação segue pressionada por aumentos nos preços de alimentos e itens de saúde.

Nos últimos 12 meses, o IPCA-15 acumula alta de 5,49%. Em abril de 2024, o indicador havia subido 0,21%, o que mostra uma aceleração da inflação na comparação anual.

Dos nove grupos pesquisados pelo IBGE, oito registraram alta neste mês. O maior impacto veio do grupo alimentação e bebidas, com variação de 1,14%, contribuindo com 0,25 ponto percentual para o resultado geral. Já saúde e cuidados pessoais teve alta de 0,96% e impacto de 0,13 ponto percentual. Juntos, esses dois grupos responderam por 88% da inflação de abril.

Veja a variação por grupo e seus respectivos impactos no IPCA-15:

  • Alimentação e bebidas: 1,14% (impacto de 0,25 p.p.)

  • Saúde e cuidados pessoais: 0,96% (0,13 p.p.)

  • Despesas pessoais: 0,53% (0,06 p.p.)

  • Vestuário: 0,76% (0,04 p.p.)

  • Comunicação: 0,52% (0,02 p.p.)

  • Artigos de residência: 0,37% (0,01 p.p.)

  • Habitação: 0,09% (0,01 p.p.)

  • Educação: 0,06% (sem impacto significativo)

  • Transportes: -0,44% (-0,09 p.p.)

Alimentos sobem dentro e fora de casa

Na análise detalhada dos alimentos, a alimentação no domicílio subiu 1,29%, puxada por altas expressivas no tomate (32,67%), café moído (6,73%) e leite longa vida (2,44%). Já comer fora de casa ficou, em média, 0,77% mais caro, com destaque para o lanche (1,23%) e a refeição (0,50%).

Reajuste de medicamentos pesa no orçamento

O grupo saúde e cuidados pessoais teve sua maior pressão vinda dos itens de higiene pessoal (1,51%) e produtos farmacêuticos (1,04%). O aumento foi impulsionado pelo reajuste autorizado pelo governo federal de até 5,09% nos preços dos medicamentos, válido desde o fim de março. Planos de saúde também tiveram alta de 0,57%.

Transportes aliviam inflação com queda nas passagens

O único grupo com variação negativa foi o de transportes (-0,44%). A queda foi influenciada principalmente pela redução de 14,38% nas passagens aéreas, maior impacto negativo individual do índice (-0,11 p.p.). Combustíveis também contribuíram para o alívio, com recuos em etanol (-0,95%), gás veicular (-0,71%), óleo diesel (-0,64%) e gasolina (-0,29%).

IPCA-15 antecipa tendência do índice cheio

Embora semelhante ao IPCA completo — índice oficial que orienta a política de metas de inflação do governo —, o IPCA-15 tem coleta e divulgação antecipadas. O levantamento atual considera preços entre 18 de março e 14 de abril. O índice final do mês, o IPCA cheio de abril, será divulgado em 9 de maio.

A metodologia considera uma cesta de produtos e serviços voltada a famílias com renda entre um e 40 salários mínimos — atualmente, o mínimo é de R$ 1.518. O IPCA-15 abrange 11 regiões metropolitanas do país, enquanto o IPCA completo alcança 16 localidades.

Com informações Agência Brasil