Médicos da Universidade Ludwig Maximilian de Munique descobriram que o período do Natal está associado a um aumento nos casos de fratura peniana, ou seja, quando há o rompimento nas regiões produtores de ereção do pênis, causada por uma flexão forçada durante relações sexuais excessivamente entusiasmadas. A reportagem é do O Globo.
Para o estudo, os pesquisadores examinaram dados hospitalares de 3.421 homens que sofreram fraturas penianas na Alemanha entre 2005 e 2021. “Esta lesão tende a ocorrer durante o sexo selvagem – particularmente em posições onde você não está em contato visual direto com seu parceiro”, afirma Nikolaos Pyrgides, urologista da Universidade Ludwig Maximilian de Munique, que liderou a pesquisa.
Segundo os pesquisadores, a intimidade e a euforia da época festiva podem ser os fatores de risco para este tipo de lesão. As fraturas são frequentemente anunciadas por um estalo audível, seguido de dor intensa, e podem trazer sintomas como: perda rápida de ereção, inchaço e hematomas graves. O estudo – o primeiro a explorar padrões sazonais para este tipo de lesão – descobriu que tais lesões eram de fato mais comuns durante o Natal.
“Se todos os dias fossem como o Natal, teriam ocorrido 43% mais fraturas penianas na Alemanha a partir de 2005”, disse Pyrgides.
A pesquisa, publicada no British Journal of Urology International, também descobriu que o risco aumentava nos finais de semana e durante as férias de verão. No entanto, a véspera de Ano Novo não foi associada a um aumento na incidência de lesões penianas.
“A maioria das fraturas penianas ocorre em cenários não convencionais, como durante casos extraconjugais ou quando o sexo é realizado em locais incomuns”, disse Pyrgides, acrescentando que tais cenários eram possivelmente mais prováveis quando os homens se aproximavam da meia-idade.
Segundo o médico, a idade média para sofrer tais lesões foi de 42 anos. Ele aconselhou os casais a estarem cientes do risco de lesões e a terem cautela na preparação para o Natal. “Se isso acontecer, você deve procurar o seu médico como uma emergência absoluta, porque se não for tratado poderá sofrer complicações a longo prazo”, afirma.