Seguindo o movimento de aceleração da volta das atividades do futebol nas últimas semanas, alguns estados brasileiros e seus clubes já iniciaram a volta aos treinamentos. O Ministério da Saúde sinalizou com um parecer positivo à retomada do esporte, mas nem todos os estados devem seguir essa tendência – o Rio Grande do Sul é o mais avançado na volta aos treinamentos.
O parecer foi elaborado pelo ministério em resposta a uma solicitação da CBF, que enviou um protocolo de saúde e segurança para o retorno. O documento afirma que o esporte é “relevante no contexto brasileiro e que sua retomada pode contribuir para as medidas de redução do deslocamento social através da ‘teletransmissão’ dos jogos para domicílio”, mas cobra algumas medidas da entidade, principalmente referentes a testagem dos envolvidos.
No Rio Grande do Sul a situação é diferente, e a volta está próxima. A prefeitura de Porto Alegre publicou um decreto liberando as atividades físicas sem aglomerações e ao ar livre. Com base nisso, Grêmio e Internacional retomarão treinamentos no início da semana.
O governador de Minas Gerais, está dividido por alguns fatores. O político vê com preocupação a questão financeira dos clubes do estado. Em que pese a falta de dinheiro, os técnicos da secretaria de saúde não recomendam o retorno do esporte neste momento.
No Rio de Janeiro um pronunciamento publicado hoje (1), com relação à possibilidade de o Campeonato Carioca ser disputado em Brasília, a Federação de Futebol do Estado do Rio de Janeiro (Ferj) indicou como pilares básicos “comprometimento com a saúde e a vida alheia mediante cumprimento de diretrizes de autoridades competentes”, “obediência às determinações governamentais” e “Seguimento de procedimentos e protocolos técnicos e científicos recomendados à proteção individual e coletiva”.
Em São Paulo, o estado mais afetado pela pandemia do novo coronavírus, tem muitos obstáculos para o retorno. O governador João Doria (PSDB) tem adotado medidas mais restritivas de isolamento social, que vigoram até o próximo dia 10 de maio e serão rediscutidas no dia 8. Aumentos nos números de mortos e infectados diários devem, entretanto, adiar a discussão sobre relaxamento ou reabertura, e existe a possibilidade de adoção de medidas ainda mais restritivas.