Frases que podem induzir à revelações de infidelidade foram escritas em um carro e colocadas no centro de Lages, na Serra Catarinense, na manhã desta sexta-feira (14). A iniciativa era uma ação da Comissão Antidrogas da Alesc e ganhou destaque nas redes sociais.
O idealizador dessa ação foi o presidente da Comissão de Prevenção e Combate às Drogas da Assembleia Legislativa de Santa Catarina (Alesc), deputado estadual Lucas Neves (Podemos). A ação, reconhecida como inovadora pela Assembleia, buscava alertar a população sobre os perigos das drogas. “Nosso objetivo é realmente trazer luz a um problema que afeta milhões de pessoas”, destacou Lucas Neves.
O deputado enfatizou que as mensagens no veículo refletem a dura realidade enfrentada pelos usuários de drogas, ressaltando que a dependência compromete a saúde mental, emocional, física e social das pessoas.
De acordo com o Relatório Mundial sobre Drogas 2023 da ONU, a oferta de drogas ilícitas e as redes de tráfico continuam a crescer. Em 2021, 13,2 milhões de pessoas injetaram drogas, um aumento de 18% em relação ao ano anterior, e mais de 296 milhões de pessoas usaram drogas, um aumento de 23% em uma década.
Como parte da programação do Junho Branco, a Comissão de Prevenção e Combate às Drogas realizará, no dia 24 de junho, um Seminário Estadual no auditório Antonieta de Barros, para discutir o tema.
“Além dessa ação de conscientização e do evento no fim do mês na Alesc, estamos trabalhando a prevenção nas escolas. Desde o ano passado, nossa comissão tem realizado palestras em Santa Catarina, alcançando mais de 35 mil alunos. Também tenho buscado a manutenção dos recursos para o tratamento dos dependentes químicos do estado. Estamos empenhados, atuando em várias frentes, para livrar os catarinenses dessa praga que destrói tantas vidas”, concluiu o deputado.
Em 2021, o Sistema Único de Saúde (SUS) no Brasil registrou 400 mil atendimentos a pessoas com transtornos mentais e comportamentais relacionados ao uso de drogas e álcool. Esse grave problema de saúde pública resulta em mais de 11 mil mortes anuais no país.