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Anvisa aprova novo medicamento para tratamento do Alzheimer em estágio inicial

CAMPANHA MAIO LARANJA
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Reprodução: Marcelo Camargo/Agência Brasil

A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) aprovou o registro do medicamento Kisunla (donanemabe), indicado para o tratamento de comprometimento cognitivo leve e demência leve associados à doença de Alzheimer. O medicamento é um anticorpo monoclonal que atua diretamente sobre os aglomerados da proteína beta-amiloide, característica presente nos cérebros de pacientes com a doença.

De acordo com a Anvisa, o donanemabe age ligando-se às placas de beta-amiloide no cérebro e promovendo sua redução, o que contribui para retardar a progressão da doença. A aprovação foi baseada em estudo clínico com 1.736 pacientes em estágio inicial do Alzheimer, que evidenciou melhora estatisticamente significativa na evolução clínica dos pacientes tratados com o novo fármaco, em comparação com aqueles que receberam placebo.

O estudo, realizado ao longo de 72 semanas, envolveu a aplicação de doses crescentes de donanemabe, com avaliação do impacto na cognição e nas funções cerebrais dos pacientes. Ao final do período, os resultados mostraram que os pacientes tratados apresentaram uma progressão mais lenta da doença.

Contraindicações e efeitos adversos

Apesar dos benefícios, a Anvisa alerta para contraindicações no uso do medicamento. O donanemabe não deve ser administrado em pacientes que fazem uso de anticoagulantes ou que tenham sido diagnosticados com angiopatia amiloide cerebral (AAC) por meio de ressonância magnética. Nessas situações, os riscos superam os possíveis benefícios do tratamento.

As reações adversas mais comuns associadas ao uso do medicamento incluem febre, sintomas gripais e dor de cabeça, principalmente relacionadas à infusão do produto. A Anvisa reforça que a segurança e a eficácia do donanemabe serão monitoradas constantemente, com a implementação de um Plano de Minimização de Riscos aprovado.

Doença de Alzheimer no Brasil

A doença de Alzheimer é um transtorno neurodegenerativo progressivo que afeta a memória, a cognição e o comportamento, sendo responsável por mais da metade dos casos de demência em idosos. Segundo o Ministério da Saúde, a origem da doença ainda é desconhecida, mas acredita-se que haja influência genética em seu desenvolvimento.

No Brasil, o tratamento de pacientes com Alzheimer é oferecido de forma gratuita pelo Sistema Único de Saúde (SUS), com atendimento multidisciplinar e fornecimento de medicamentos que ajudam a amenizar os sintomas e melhorar a qualidade de vida. A assistência, no entanto, exige envolvimento contínuo de familiares e cuidadores.

Com a chegada do donanemabe ao mercado nacional, há uma nova esperança para pacientes em estágios iniciais da doença e seus familiares, que buscam alternativas para lidar com os desafios impostos pelo Alzheimer.

Com informações da Agência Brasil