Uma startup de Joaçaba, no Oeste do Estado, desenvolveu um software de coleta de impressões digitais que pode ser utilizado para descobrir qual esporte melhor se adapta ao nosso organismo. A técnica desenvolvida em Santa Catarina já está presente em 11 países e tem auxiliado desde atletas amadores até profissionais.
“Essas impressões digitais são uma expressão arquitetônica, um relato, uma ata entre o DNA do pai e da mãe mais o ambiente bioquímico proporcionado durante a gestação”, explicou o profissional de educação física e pesquisador Rudy Nodari Junior.
Os dados colhidos pelo software ajudam desde a elaboração de treinos mais específicos para diferentes tipos de atleta até a identificação do esporte mais compatível para as condições físicas de cada pessoa.
Os dados do DNA de cada indivíduo são identificáveis por meio das impressões digitais e transformados em código binário pelo sistema da startup. A partir desse momento é possível trabalhar com os dados em um nível computacional e utilizá-los para diferentes fins.
“Neste contexto, destaco a dermatoglifia como ciência baseada no princípio da individualidade biológica, que nos fornece informações e conhecimento para potencializar pontos negativos e positivos dos nossos atletas”, afirma Arnaldo da Cunha Junior, que foi preparador físico olímpico da seleção brasileira de handebol.
A opinião é compartilhada pelo especialista em formação de atletas Renato Natella. Ela destaca que a importância da identificação do potencial individual de cada indivíduo vai além dos ganhos pessoais.
“Com a individualidade biológica, o trabalho se torna muito mais assertivo, mais rápido e produtivo para o atleta e para a equipe. Essa ferramenta tem facilitado e ajudado muito os atletas treinados por mim. Dermatoglifia é a ciência fazendo a diferença”.
Créditos: G1 SC