Wanderson é um dos principais responsáveis pela estratégia de combate à Covid-19 no Brasil, tendo sido o elaborador das chamadas “medidas não farmacológicas”, ou seja, que não envolvem medicamentos, incluindo o distanciamento social.
Antes mesmo da saída de Mandetta, quando a situação do então ministro já estava insustentável devido às divergências com Bolsonaro, que pressionava pelo fim do distanciamento social e pela liberação do uso ampliado da cloroquina, em meados de abril, Wanderson pediu demissão. Mas Mandetta não aceitou.
Com a saída de Mandetta e a chegada do oncologista Nelson Teich, Wanderson manteve a posição de que sairia, mas se colocou à disposição para ajudar na transição, antes de tirar uns dias de férias, de 4 a 19 de maio. Teich foi demitido e, agora, o ministério é dirigido pelo general Eduardo Pazuello, que nomeou mais de 15 militares para postos-chave.
No retorno das férias, em conversa com Pazuello, ficou definido que Wanderson deixará o cargo no dia 25. Servidor civil do Hospital das Forças Armadas, onde é enfermeiro epidemiologista, ele se reapresentará no órgão de origem.
“Apesar de sair da função de Secretário de Vigilância em Saúde, continuarei ajudando ao Ministro Pazuello nas ações de resposta à Pandemia. Somos da mesma instituição, Ministério da Defesa e conosco é missão dada, missão cumprida”, afirma Wanderson na mensagem em que se despede de colegas.
Foto: JOSE DIAS / Divulgação
Reportagem: O Globo