Mais de 12 mil catarinenses foram contaminados com a dengue na primeira metade de 2021, segundo dados divulgados pela Diretoria de Vigilância Epidemiológica de Santa Catarina (Dive) nesta sexta-feira (11). Esse é o maior número da série histórica da doença no Estado.
Segundo a Dive, o número superou o total de casos registrados em todo o ano de 2020, quando o recorde de pessoas infectadas já havia sido alcançado. Entre 29 de dezembro de 2019 a 2 de janeiro de 2021, foram registrados 11.363 casos de dengue.
á registros de mais de 40 mil focos do mosquito Aedes aegypti (responsável pela transmissão da doença) em 217 municípios do Estado. Esse número representa um aumento 96,9% nos focos do mosquito no período entre 1 de janeiro e 5 de junho, se comparado ao mesmo período do ano anterior.
Em 2021, quatro pessoas morreram vítimas da dengue: três em Joinville e uma em Camboriú. O fato não ocorria desde 2016, quando foram registrados óbitos em Chapecó e Pinhalzinho. Além disso, a causa de duas mortes ainda é investigada em Joinville, sob suspeita de terem sido em decorrência da dengue.
Epidemia de dengue em SC
Conforme a Dive, do total de casos até agora (12.002), 97% (11.720) representam casos autóctones, ou seja, com transmissão dentro do Estado.
Joinville, Navegantes e Santa Helena, no Extremo-Oeste de SC, se encontram em situação de epidemia devido ao alto número de contaminações. A Organização Mundial da Saúde define o nível de transmissão epidêmico quando a taxa de incidência é maior de 300 casos de dengue por 100 mil habitantes.
— O mosquito está presente em Santa Catarina. Então, é preciso estar atento às condições do município e aos sinais do paciente para suspeitar da doença e realizar o manejo clínico correto — disse o João Augusto Brancher Fuck, diretor da Dive/SC.
rientações para evitar a contaminação
– Evite usar pratos nos vasos de plantas. Se usá-los, coloque areia até a borda;
– Guarde garrafas com o gargalo virado para baixo;
– Mantenha lixeiras tampadas;
– Deixe os depósitos d’água sempre vedados, sem qualquer abertura, principalmente as caixas d’água;
– Plantas como bromélias devem ser evitadas, pois acumulam água;
– Trate a água da piscina com cloro e limpe-a uma vez por semana;
– Mantenha ralos fechados e desentupidos;
– Lave com escova os potes de comida e de água dos animais no mínimo uma vez por semana;
– Retire a água acumulada em lajes;
– Dê descarga, no mínimo uma vez por semana, em banheiros pouco usados;
– Mantenha fechada a tampa do vaso sanitário;
– Evite acumular entulho, pois ele pode se tornar local de foco do mosquito da dengue;
– Denuncie a existência de possíveis focos de Aedes aegypti para a Secretaria Municipal de Saúde;
– Caso apresente sintomas de dengue, chikungunya ou zika vírus, procure uma unidade de saúde para o atendimento.
Fonte: NSC