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Pesquisa realizada em Santa Catarina avalia mutações do coronavírus

Ao mesmo tempo em que busca uma solução para combater a pandemia causada pela Covid-19, a comunidade científica do mundo quer entender como o novo coronavírus funciona e suas mutações. Santa Catarina participa desse esforço internacional com um estudo coordenado pelo professor Glauber Wagner, do Departamento de Microbiologia, Imunologia e Parasitologia da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC).

A pesquisa tem como objetivo sequenciar o genoma do vírus que circula nas diferentes regiões do estado. A ideia é avaliar a dispersão e as mutações. Com as informações será possível traçar estratégias de saúde para conter o avanço da pandemia.

Até dezembro já foram sequenciadas 50 amostras e até a primeira quinzena de fevereiro, outras 50 passarão pelo processo. A previsão é encerrar essa etapa já no próximo mês para começar a análise do genoma do vírus.

Segundo Glauber, que coordena o Laboratório de Bioinformática da UFSC, várias pesquisas têm demonstrado que o conhecimento sobre o genoma e os tipos virais em circulação pode ser aplicado para observar os grupos de transmissão.

“Ou seja, determinados genótipos, será que eles podem estar circulando em uma região do estado e outros em outra região? Isso poderia permitir aos gestores entender um pouquinho dessa dinâmica em nível estadual e, talvez, até adotar políticas mais específicas para determinadas regiões”, explica o professor.

O estudo conta com apoio da Fundação de Amparo à Pesquisa e Inovação de Santa Catarina (Fapesc), que destinou R$ 100 mil via edital.  Os recursos serão usados para compra de computadores – para análise dos dados usando a bioinformática – e para cobrir os custos do sequenciamento do genoma do vírus.

Segundo o presidente da Fapesc, Fábio Zabot Holthausen, além de apoiar esse estudo, a fundação está acompanhando sua evolução e os resultados. “Parabenizamos à UFSC pela articulação, bem como demais universidades e pesquisadores envolvidos, pelo esforço de buscar o aprofundamento do conhecimento para enfrentar essa pandemia” destaca.

O professor Glauber explica ainda que, após a análise das informações, os resultados serão disponibilizados em plataformas globais para análise de outros pesquisadores. “Pretendemos contribuir para além do entendimento da epidemia aqui no Estado. Nossos dados vão servir para a comunidade científica entender como ocorre no mundo inteiro”, completa.

 

Créditos: Oeste Mais com informações da Assessoria de Imprensa da FAPESC

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