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Pesquisa aponta que mais velhos se preocupam mais com coronavírus em SC

Em Santa Catarina, os mais velhos são os que mais se preocupam em não pegar o coronavírus, apontou uma pesquisa do Instituto Brasileiro de Opinião Pública e Estatística (Ibope) divulgada na noite de terça-feira (3) no NSC Notícias. Foram ouvidas 602 pessoas entre os dias 31 de outubro e 2 de novembro.

Do total, 63% dos entrevistados que têm mais de 55 anos responderam que têm medo da pandemia e que seguem tomando todos os cuidados. Essa mesma resposta também foi dada por outras faixas etárias, entre os que têm de 45 a 54 anos (60%), de 35 a 44 anos (54%) e 25 a 34 anos (42%).

A exceção está entre os mais jovens. Entre o público com idade entre 16 e 24 anos a resposta mais frequente – de 43% dos entrevistados – foi que, apesar do medo da pandemia, abandonaram alguns cuidados que evitam o contágio da doença.

Festas e aglomerações

Para o chefe do Departamento de Saúde Pública da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), Fabrício Menegon, o resultado não surpreende. “Essa população, embora tenha uma taxa de contágio alta, ela evolui muito menos para casos graves da doença. Então cria um certo imaginário nesse grupo de pessoas, que identifica que eles podem ficar doentes, mas eles vão evoluir muito bem, vão se curar muito bem, vão ter sintomas brandos, não vão sofrer as consequências da doença”, disse.

O resultado também é coerente com comportamentos vistos com frequência em Santa Catarina. Festas e aglomerações, frequentadas pelo público mais jovem, são evidências que os cuidados com a pandemia foram mesmo abandonados.

O professor destacou que os jovens podem até não precisar de tratamento em hospital, mas, se infectados, podem transmitir para quem tem mais chances de ter sintomas graves.

“Nós temos um cenário bastante perigoso. Porque é uma população que se expõe muito. É a faixa etária que mais apresenta casos positivos de Covid e, portanto, transmite muito a doença também. Então, associado a essa falta de cuidados pessoais, preventivos, é bastante perigoso você deixar que esse grupo populacional se exponha da forma como estáa se expondo, porque eles são potencias vetores de transmissão”, explicou.

Outros dados da pesquisa

Quando o recorte é pelo grau de escolaridade. Em todos os níveis, a maioria respondeu que tem medo do coronavírus e toma os devidos cuidados.

Mas entre os que têm maior grau de instrução, também está um percentual considerável que abriu mão de regras sanitárias: 27% entre os que têm ensino superior e 22% no grupo que tem ensino médio contra 9% entre os que só tem ensino fundamental.

“O coronavírus já mostrou que não tem preferencia de classe social, salário, renda, idade, religião e politica. Ele afeta todo mundo igual. Então, não existe grupo mais protegido ou menos protegido. Todos estamos suscetíveis”, afirmou o professor.

Créditos: NSC TV e G1 SC

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