O ozônio é um gás constituído por três átomos de oxigênio e seu símbolo químico é O3. Sua produção natural acontece na estratosfera, camada que fica acima da superfície terrestre, após a ação de raios solares ultravioletas sobre as moléculas de oxigênio (O2), separando dois átomos que, ao serem associados individualmente a outras moléculas de O2, produzem o ozônio. Complexo, não?
Em sua forma natural, o ozônio tem cor azulada, cheiro forte e é altamente tóxico para qualquer ser vivo. Por isso, a conhecida “camada de ozônio” é tão importante na proteção do planeta Terra.
Mas você já deve estar se perguntando: se o ozônio é tão prejudicial assim, como pode ser utilizado como tratamento para o câncer?
Na ozonioterapia, o ozônio utilizado é o medicinal. Ele é obtido a partir de uma mistura entre oxigênio e ozônio, em concentrações e doses exatas.
O procedimento tem por objetivo tratar dores e inflamações crônicas, infecções variadas, feridas e queimaduras, problemas vasculares, derrames cerebrais isquêmicos, esclerose múltipla e também como terapia de suporte para pacientes com câncer.
A ozonioterapia pode ser aplicada via injeção subcutânea, óleo ozonizados e até sauna.
Como é realizada a ozonioterapia?
A terapia só poderá ser feita por meio de equipamento devidamente certificado pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). Ela pode ser aplicada via injeção subcutânea, água e óleo ozonizados para passar no local que necessita de tratamento, banho e sauna, endovenosa, intramuscular, insuflação (retal, vaginal e na bexiga), subcutâneo e injeção direta em tumores.
O ozônio ajuda na recuperação de problemas respiratórios, do sistema imunológico, do câncer em geral, da diabetes e até no tratamento de feridas.
Em Santa Catarina, especialmente em Fraiburgo, o farmacêutico Maykon Ribeiro foi convocado pelo Conselho Federal de Farmácia, para escrever uma resolução que regulamenta essa prática em Farmácias Clínicas do país, para profissionais bacharéis na área.
Farmacêutico Maycon Ribeiro em sua clínica em Fraiburgo-SC
Neste caso, transformaria a terapia integrativa em uma profissão a mais para os farmacêuticos no Brasil, já que por enquanto a pratica como tratamento complementar. A oferta dessas práticas não substitui o tratamento convencional. Como o próprio nome diz, são oferecidas de forma complementar ao cuidado realizado nas unidades de saúde. Assim sendo aplicadas por profissionais que tenham formação específica.
Uma produção do departamento de jornalismo da Rádio Fraiburgo