Na manhã da última sexta-feira (14), o Grupo de Atuação Especial de Combate às Organizações Criminosas (GAECO) e o Grupo Estadual de Enfrentamento a Facções Criminosas (GEFAC) cumpriram mais um mandado de prisão decorrente da Operação “BALTHUS”, em apoio à investigação conduzida pela 3ª Promotoria de Justiça da Comarca de Joaçaba. A expedição desse mandado de prisão já é consequência da análise dos documentos apreendidos durante a operação que iniciou na manhã de quinta-feira (13).
O cumprimento desse mandado de prisão expedido pela Vara Criminal da Comarca de Joaçaba é resultado da Operação Balthus e que investiga advogados suspeitos de abusar de suas prerrogativas profissionais para facilitar a comunicação entre os presos.
A operação é resultado de investigações que iniciaram há mais de um ano. Na quinta-feira (13), outros 12 mandados de busca e apreensão, dois de prisão preventiva e três de suspensão cautelar do exercício da advocacia, expedidos pela Vara Criminal da Comarca de Joaçaba, foram cumpridos pelo GAECO, que também realizou uma prisão em flagrante por porte irregular de arma de fogo.
A Operação Balthus recebeu esse nome em alusão a um tipo específico de nó de gravata, o “nó Balthus”. No linguajar prisional, “gravata” é o termo utilizado pelos detentos para se referir aos advogados.
O uso indevido das prerrogativas profissionais por parte dos investigados acaba por colocar toda a sociedade em risco uma vez que permite que a comunicação entre os criminosos seja mantida mesmo durante o encarceramento. Essa prática tem se tornado um método eficaz para o funcionamento do sistema de comunicação entre criminosos, garantindo que as informações ilícitas permaneçam sendo transmitidas, por meio de advogados, entre eles e para terceiros.
A investigação segue em segredo de justiça a fim de evitar que eventual publicidade dificulte a identificação de outros possíveis envolvidos. As informações são do Ministério Público de Santa Catarina.