A OMS (Organização Mundial da Saúde) informou, na terça-feira (25), que os casos de Covid-19 associados à variante Ômicron já representam 90% dos analisados em laboratórios de todo o mundo.
Mais contagiosa que as cepas anteriores, a variante Ômicron tem massiva representação em todo o planeta.
Em seu relatório epidemiológico global, a agência informou que, das 372.000 amostras analisadas pela rede global de laboratórios Gisaid nos últimos 30 dias, a variante Ômicron foi detectada em 332.000 (89,1%).
A variante Delta, dominante durante grande parte de 2021, foi confirmada em apenas 10,7% dos casos, enquanto as porcentagens de outras cepas foram quase insignificantes.
O relatório revela ainda que vários países detectaram aumentos em uma subvariante da Ômicron, denominada BA.2, o que preocupa alguns cientistas devido à sua maior dificuldade em ser detectada por testes, embora a OMS tenha ressaltado que 98,8% dos casos confirmados de Ômicron pertencem à subvariante BA.1, que não possui esse recurso.
Por outro lado, a OMS reiterou que parece haver “menor risco de doença grave e morte” naqueles infectados com a variante Ômicron, apesar de o aumento acentuado de casos que causou, com números recordes de infecções em todo o mundo, ter pressionado muitos sistemas de saúde.
A capacidade da variante Ômicron de evitar a imunidade que vacinas e anticorpos de pacientes recuperados teoricamente produziram é, segundo a OMS, o principal fator que explica o aumento exponencial de infecções resultantes da onda atual.
O relatório também deduz que a Ômicron pode gerar um número maior de casos assintomáticos, o que por sua vez pode ter propiciado a expansão global do coronavírus nos últimos três meses.
Além dessa expansão e aumento exponencial de casos, a FioCruz também faz alerta para o crescimento geral de casos de SRAG (Síndrome Respiratória Aguda Grave) em 24 das 27 unidades federativas do Brasil.
A tendência é identificada tanto nas análises de curto e de longo prazo, que consideram as últimas três e seis semanas, respectivamente.
As duas exceções são Rondônia e Espírito Santo, mas apenas o estado da região Sudeste não apresenta tendência de crescimento nem no curto nem no longo prazo. No caso de Rondônia, a avaliação das últimas três semanas já aponta tendência de alta nos casos.
A diferença de outros momentos da pandemia, é que o SARS-CoV-2 que chegou a ser responsável por mais de 90% dos casos teve queda no percentual. Nas últimas quatro semanas epidemiológicas, o Influenza A chegou a responder por 23,4% dos casos virais, enquanto o coronavírus foi o causador de 65,2%.
De uma forma geral a recomendação é de cuidado sempre.
Com informações Agência Brasil e ND Mais