Nesta quarta-feira (7), o Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central se reúne para decidir se a taxa básica de juros, a Selic, será elevada mais uma vez. Pressionado pelo aumento nos preços de alimentos e energia, o BC avalia que esta pode ser a última alta antes de uma possível pausa no ciclo de aperto monetário.
De acordo com o boletim Focus, pesquisa semanal com analistas do mercado financeiro, a expectativa é de uma alta de 0,5 ponto percentual, levando a Selic de 14,25% para 14,75% ao ano. Se confirmado, será o sexto aumento consecutivo desde setembro do ano passado, quando a taxa estava em 10,5% ao ano.
Na última reunião, em março, o Copom já havia sinalizado que faria elevações menores após três aumentos seguidos de 1 ponto percentual. Agora, com indícios de desaceleração econômica global e incertezas no cenário internacional — como as tensões na política comercial dos Estados Unidos —, a expectativa é de moderação na política monetária.
Apesar disso, a inflação segue resistente. A mais recente projeção para o IPCA em 2025 é de 5,53%, acima da meta contínua de 3% estabelecida pelo Conselho Monetário Nacional (CMN). O novo sistema de metas exige que o BC atue com mais firmeza, já que a inflação é monitorada mês a mês, com base em um intervalo de tolerância que vai de 1,5% a 4,5%.
A Selic é a principal ferramenta do Banco Central para controlar a inflação. Juros mais altos encarecem o crédito e desestimulam o consumo, ajudando a conter os preços, mas também podem prejudicar o crescimento da economia. Já juros mais baixos favorecem a atividade econômica, mas exigem vigilância contra a alta dos preços.
O resultado da reunião será divulgado ainda hoje, no final da tarde.
Com informações Agência Brasil