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Conclave define o novo Papa; veja quem é

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Imagem: Vatican Media

A fumaça branca subiu da chaminé da Capela Sistina nesta quinta-feira (8), marcando a eleição do novo Papa. O cardeal Robert Francis Prevost, nascido em Chicago nos Estados Unidos, foi escolhido pelos cardeais reunidos em Conclave como o novo líder da Igreja Católica. Ele foi escolhido por pelo menos 89 dos 133 cardeais – dois terços dos eleitores do conclave – e será o sucessor do papa Francisco na Cátedra de São Pedro.

Pouco depois, sob aplausos da multidão reunida na Praça de São Pedro, o anúncio oficial foi feito com a tradicional frase “Habemus Papam”. O novo Pontífice escolheu o nome de Leão XIV, tornando-se o 267º Papa da história da Igreja.

Em sua primeira bênção “Urbi et Orbi”, o pronunciamento inaugural do Papa Leão XIV foi marcado por um tom profundamente espiritual, humilde e pastoral, refletindo continuidade com o pontificado de seu predecessor, Papa Francisco, ao mesmo tempo em que delineava sua própria visão para a Igreja.

Logo no início, o novo Papa invocou a “paz de Cristo ressuscitado”, uma paz descrita como “desarmada e desarmante”, de origem divina e que transcende qualquer barreira. Ele evocou a memória viva de Francisco, referindo-se com carinho à sua última bênção pascal, e assumiu a continuidade dessa missão, reafirmando que “Deus ama a todos” e que “o mal não prevalecerá”.

A mensagem foi profundamente esperançosa, exortando os fiéis a caminharem sem medo, unidos como discípulos de Cristo, e reforçando a imagem de Jesus como “a ponte” entre a humanidade e Deus. O Papa Leão XIV fez um apelo por diálogo, construção de pontes e unidade, colocando-se como alguém que deseja servir junto aos outros, e não acima deles.

Ele se apresentou com humildade, destacando sua identidade: “Sou o filho de Santo Agostinho, sou agostiniano, sou cristão e por vocês, bispo”, sinalizando uma espiritualidade fundamentada na tradição agostiniana, marcada por busca da verdade, interioridade e amor comunitário.

Em sua fala, fez ainda uma saudação especial à diocese de Ticlão, no Peru, onde serviu anteriormente, expressando gratidão pelo povo que o acompanhou em sua missão episcopal.

Encerrando o discurso, reiterou o desejo de uma Igreja sinodal, missionária, próxima dos que sofrem, e invocou a proteção de Maria, Mãe de Deus, conduzindo uma oração coletiva e finalizando com a concessão da indulgência plenária.

Foi um pronunciamento que combinou profunda fé, continuidade, compromisso com a paz e abertura ao diálogo, traçando os primeiros contornos do pontificado de Leão XIV.

Sua eleição marca um novo capítulo para os mais de 1,4 bilhão de católicos em todo o mundo.

Quem é o Cardeal Robert Francis Prevost, novo Papa

Nascido em Chicago, nos Estados Unidos, em setembro de 1955 (69 anos), Prevost foi escolhido há dois anos pelo papa Francisco para substituir Marc Ouellet como prefeito do Dicastério para os Bispos do Vaticano, confiando a ele a responsabilidade de selecionar a próxima geração de bispos.

Ele trabalhou por muitos anos como missionário no Peru antes de ser nomeado arcebispo naquele país.

Prevost não é visto apenas como um americano, pois presidiu a Pontifícia Comissão para a América Latina.

De personalidade reservada e voz serena, Prevost evita aparições públicas e entrevistas. Ainda assim, é visto como um reformista moderado, alinhado aos valores de renovação promovidos por Francisco. Ele possui sólida formação teológica e é respeitado por seu domínio da lei canônica.

Ingressou na vida religiosa aos 22 anos. Após concluir estudos em teologia em Chicago, foi enviado a Roma aos 27 para se especializar em direito canônico na Universidade de São Tomás de Aquino.

Ordenado padre em 1982, iniciou seu trabalho missionário no Peru dois anos depois. Atuou em Piura e, posteriormente, em Trujillo, durante o governo de Alberto Fujimori. Na época, Prevost chegou a cobrar retratações públicas pelas injustiças cometidas.