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Missão aos Emirados Árabes abrirá oportunidades para o agro brasileiro

Entre os dias 18 e 21 de janeiro, o presidente da Embrapa, Celso Moretti, participa de mais uma agenda internacional do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), voltada ao fortalecimento das relações bilaterais de cooperação e da abertura de novos mercados para o agro brasileiro.  A missão técnica a Abu Dhabi e Dubai, nos Emirados Árabes, prevê visitas a instituições governamentais e de pesquisa relacionadas ao aproveitamento de água convencional e não-convencional (como solução salina, água tratada, água industrial, drenagem agrícola e água do mar), empresas privadas de alimentos e bebidas e propriedades agrícolas. No dia 19, está confirmado encontro com a  primeira- ministra da Segurança Alimentar do Futuro dos Emirados Árabes, Mariam Almheiri, para discutir possibilidades de parcerias estratégicas de interesse dos dois países.

Fazem parte da delegação brasileira o secretário de Inovação, Desenvolvimento Rural e Irrigação do Mapa e secretário do Conselho de Administração da Embrapa (Consad), Fernando Camargo; os chefes da Embrapa Hortaliças, Warley Nascimento, da Embrapa Mandioca e Fruticultura, Alberto Vilarinhos, e da Embrapa Caprinos e Ovinos, Marco Aurélio Bomfim; e representantes da Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (Apex).

Da agenda técnica, estão previstas visitas ao Institute Center  of Biosaline Agriculture (ICBA), centro internacional de pesquisa agrícola voltado à melhoria da produtividade e sustentabilidade em áreas marginais e salinas; à Camelicious Farm, à Fish Farm (de criação e incubação de peixes marinhos para abastecimento da indústria local da aquicultura), ao Agthia Group (empresa líder na produção de alimentos e bebidas), à Al Dhahra Holding Company (multinacional do agronegócio, especializada no cultivo, produção e comercialização de ração animal e produtos alimentares da cadeia de suprimentos),  à Elite Agro (empresa de cultivo e comercialização de produtos alimentícios) e à Jenan Investment Company, além da estação de pesquisa da ADAFSA (Autoridade de Agricultura e Segurança Alimentar de Abu Dhabi,  responsável pela agricultura, segurança alimentar, segurança alimentar e biossegurança).

“As possibilidades de cooperação e intercâmbio de tecnologias, além da abertura de mercado e negócios para o Brasil são muito grandes”, disse o presidente da Embrapa. Segundo ele, o perfil do país estrangeiro, que busca novas oportunidades de investimentos como opção à dependência econômica do petróleo, favorece as negociações em várias áreas de interesse comum às duas nações.

Interesse internacional

Ele lembrou que em contatos anteriores com a ministra da Segurança Alimentar, Mariam Al Meheiri, em Dubai, e posteriormente em visita à Embrapa Recursos Genéticos e Biotecnologia, em Brasília, já havia ficado claro o potencial das futuras conversações. “Foi quando houve o convite para que organizássemos uma missão ao país, com o objetivo de firmar cooperações”, comentou.

Moretti destacou que a segurança alimentar da população dos Emirados Árabes é uma questão prioritária para o governo do país, principalmente porque ainda é alto o nível de importação de alimentos, ao contrário do Brasil, que tem capacidade para alimentar uma população sete vezes maior que a população brasileira.

Na visita ao centro de pesquisa biossalina, a expectativa da missão é a troca de experiências que possam ser adaptadas à realidade do bioma caatinga. “Eles trabalham com dessalinização de água do mar e água do subsolo, que é salobra”, comentou, ressaltando que a contrapartida à parceria pode vir da Embrapa Semiárido e da Embrapa Meio Ambiente, que desenvolvem estudos com agricultura biossalina e culturas, como a erva sal, forrageira usada na alimentação animal e com boa adaptação às regiões áridas e semiáridas.

A missão também vai conhecer a experiência de uma fazenda de produção de peixes, e na área de segurança de alimentos, haverá a oportunidade de visitar o centro de pesquisa público, cujo enfoque é a qualidade química, física e biológica dos alimentos. “O país consome alimentos  importados e uma preocupação é com os riscos de contaminação da população”, explicou. “Quanto a isso, temos a Embrapa Agroindústria de Alimentos e a Embrapa Agroindústria Tropical, que podem fazer uma interface com a instituição árabe, além da Embrapa Pesca e Aquicultura, à qual interessa a experiência das fazendas de peixes”, destacou o presidente.

De acordo as expectativas de Moretti, os resultados da viagem aos Emirados Árabes também podem repercutir positivamente para o setor privado, a partir da abertura de novas possibilidades de negócios para o agro nacional. Além disso, a parceria com o país pode resultar em alternativas de captação de recursos para a pesquisa agropecuária.

 

Fonte
Gerência de Comunicação Estratégica (GCE)

Secretaria de Inteligência e Relações Estratégicas (SIRE)
Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa)
Brasília/DF

 

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