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Exame de sanidade mental de acusada de matar grávida de Canelinha será feito na quinta

acusada de matar a amiga grávida de 24 anos e roubar a bebê da barriga da vítima em Canelinha, na Grande Florianópolis, fará um exame de sanidade mental na quinta-feira (22). A mulher de 26 anos foi presa um dia após o crime e confessou o assassinato.

O teste será feito no Instituto Geral de Perícias (IGP) de Brusque, no Vale do Itajaí, às 9h30. O documento que liberou o exame foi assinado pelo juiz Luiz Fernando Pereira de Oliveira, da comarca de Tijucas, no dia 14 de setembro.

Ocorrido em 27 de agosto, o homicídio triplamente qualificado ocorreu na pequena cidade de pouco mais de 10 mil habitantes e causou repercussão nacional. Segundo as investigações da Polícia Civil, a acusada armou uma armadilha para a jovem e, em uma cerâmica abandonada, bateu com um tijolo na cabeça da vítima e cortou a barriga dela com um estilete para a retirada da bebê.

Após o crime, a acusada foi até o hospital da cidade e simulou um parto na estrada. Em depoimento, ela afirmou que as duas eram amigas e haviam estudado juntas na adolescência.

Exame

O pedido para o teste foi solicitado em 28 de agosto pela antiga defesa da acusada. No texto, foi pleiteado a instauração de incidente de sanidade mental por conta de histórico de abortos recorrentes da mulher.

Após o pedido, o Ministério Público de Santa Catarina (MPSC) se manifestou contrário à solicitação. Segundo o órgão, não foi possível confirmar que a mulher se enquadra nos conceitos aceitos pela medicina como de mulher que teve abortos recorrentes.

Em depoimento para a Polícia Civil logo que foi presa, a acusada afirmou que sofreu um aborto oito meses antes do crime. Ela teria mantido o fato escondido da família e amigos, inclusive do marido, e roubado a bebê da amiga para criar.

Outro aborto, segundo o laudo do MPSC, ocorreu há sete anos. Além da vítima, a investigação indicou que outras grávidas foram abordadas pela mulher.

Ao G1 SC, a atual defesa da mulher disse que acredita que ela possa sofrer de distúrbios psíquicos. O advogado Rodrigo Goulart afirmou ainda que, se for comprovada que a mulher não era capaz de responder pelos próprios atos no momento do crime, “atuará para que o caso seja desaforado da Comarca de Tijucas, a fim de que ela tenha um julgamento justo”.

Esposo também foi enganado, diz MPSC

Além da acusada, o marido dela, de 44 anos, também foi preso um dia após o crime suspeito de compactuar com o homicídio. No dia 7 de outubro, porém, o MPSC pediu a revogação da prisão dele à Justiça por entender que o homem foi enganado pela mulher.

As novas conclusões dos promotores de Justiça Mirela Dutra Alberton e Alexandre Carrinho Muniz ocorreram após analisarem áudios e trocas de mensagens de celulares apreendidos e periciados. A polícia também analisou as conversas.

“As novas provas deixam claro que a mulher enganou o marido o tempo todo. Ela se aproveitava da circunstância de o marido trabalhar em outra cidade e assim conseguia manipular a situação. O marido acreditava piamente na falsa gravidez da mulher. Quanto ao dia do crime, a mulher também deu falsas informações ao marido”, informou o MPSC.

A recém-nascida foi internada no hospital na Capital em 28 de agosto, mesmo dia em que o corpo da mãe foi encontrado em uma cerâmica desativada no interior do município. A menina sofreu cortes de estilete e também nasceu antes do tempo, já que o parto estava previsto para setembro. Ela recebeu alta em 6 de setembro.

O nome dos envolvidos no crime não são divulgados pelo G1 SC pois há risco que se chegue assim à identidade da recém-nascida, que tem o direito à preservação da identidade garantido pelo Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA).

Créditos: G1 SC

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