A Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) instituiu a bandeira amarela para as contas de luz em janeiro de 2021. Com a decisão, as cobranças devem vir mais baratas do que em dezembro, que estava em bandeira vermelha. Na avaliação da agência, a previsão para janeiro é de elevação nas vazões dos afluentes dos principais reservatórios de água. O cenário deve levar a uma maior produção hidrelétrica e diminuir os custos relacionados ao risco hidrológico, o que permite a redução da tarifa.
Em bandeira amarela, a energia fica com taxa extra de R$ 1,343 a cada 100 kWh consumidos a partir de 1º de janeiro. Para comparação, a taxa da bandeira vermelha patamar 2 estabelecida em dezembro era de R$ 6,243 para cada 100 KwH.
O sistema de bandeiras tarifárias estava suspenso desde maio para aliviar as contas da população em uma das medidas de enfrentamento aos efeitos econômicos da crise do coronavírus. A cobrança da taxa extra voltou a ser feita em dezembro, já na faixa mais alta.
Os valores das bandeiras tarifárias são atualizados todos os anos e levam em consideração parâmetros como estimativas de mercado, inflação, projeção de volume de usinas hidrelétricas e histórico de operação do Sistema Interligado Nacional.
O sistema de bandeiras tarifárias foi criado em 2015 pela Aneel como forma de recompor os gastos extras com a utilização de energia gerada por meio de usinas térmicas, que é mais cara do que a de hidrelétricas. A cor da bandeira é impressa na conta de luz (vermelha, amarela ou verde) e indica o custo da energia em função das condições de geração de eletricidade.
Quando chove menos, os reservatórios das hidrelétricas ficam mais vazios e é preciso acionar mais térmicas para garantir o suprimento de energia no país. Nesse caso, a bandeira fica amarela ou vermelha, de acordo com o custo de operação das termelétricas acionadas.
Créditos: Oeste Mais com informações do Valor Econômico